A metáfora e o amor.




Ele era um adolescente que acabara de ser dispensado pela namorada. Durante três anos, eles tinham compartilhado amigos e lugares favoritos. Agora ele estava só. Ela conhecera, durante as férias, um outro garoto pelo qual se apaixonara.
O garoto se sentia como a última das criaturas na face da terra. No treino de futebol, ele deixou escapar alguns passes e, pela primeira vez, sofreu (e fez) várias faltas. Mal acabou o treino, lhe disseram que deveria comparecer ao escritório do treinador.
"E então, filho? Garota, família ou escola? Qual dessas coisas está lhe incomodando?"
"Garota", foi a resposta. "Como o senhor adivinhou?"
"Ah, menino, sou treinador de futebol desde antes de você nascer e todas as vezes que vejo um craque jogar como um novato do time reserva, o motivo é um desses três."
O jovem lhe falou que estava com muita raiva. Havia confiado na menina, dera a ela tudo o que tinha para dar e o que é que ganhou com isso?
"Boa pergunta", disse o treinador. "O que foi que você ganhou com isso?"
Tomou de várias folhas de papel e pediu ao seu jogador preferido que pensasse sobre o tempo que passou ao lado da moça. Que listasse todas as experiências boas e ruins que conseguisse lembrar. E saiu, dizendo que voltaria dentro de uma hora.
O rapaz começou a lembrar. Recordou do dia que a convidou para sair pela primeira vez e ela aceitou. Se não fosse pelo incentivo dela, ele jamais teria tentado uma vaga no time de futebol. Pensou nas brigas que tiveram. Não lembrou todos os motivos pelos quais brigavam, mas lembrou-se de como se sentia feliz quando conseguiam conversar e resolver os problemas. Foi assim que ele aprendeu a se comunicar e a buscar acordos. Lembrou-se também de quando faziam as pazes. Era sempre a melhor parte. Lembrou-se de todas as vezes que ela o fez sentir-se forte, necessário e especial.
Encheu o papel com a história dos dois, das férias, das viagens feitas com a família, bailes da escola e tranqüilos piqueniques a dois. E, na medida em que as folhas iam ficando escritas, ele se deu conta do quanto ela o ajudara a crescer e a se conhecer melhor. Ele teria sido uma pessoa diferente sem ela.
Quando, uma hora mais tarde, o treinador retornou, o garoto já tinha ido embora. Deixou um bilhete sobre a mesa que dizia apenas: "Treinador, obrigado pela lição. Acho que é verdade quando dizem que é melhor amar, mesmo que se perca, do que jamais ter amado. A gente se vê no treino."

Autor desconhecido


Que minha alma faça de mim uma pessoa sempre voltada para o aprendizado e valorização de tudo que me faz MUDAR! Minha alma, seja fonte de Amor!

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