Livros que li na infância.

Parte IV


Esse livro é o mais fantástico de todos,(O PEQUENO PRINCIPE.) ele já começa a impressionar na dedicatória que é emocionante demais. Segue a dedicatória:

A LÉON WERTH
Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho um outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio. Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. (Mas poucas se lembram disso.) Corrijo, portanto, a dedicatória:

A LÉON WERTH
QUANDO ELE ERA PEQUENINO

Livro escrito para crianças? As crianças o acolheram de braços abertos pq são capazes de compreender tudo, inclusive livros para gente grande...

Conta a história de um principezinho que vive em um pequeno planeta e que ama uma flor. A flor embora bonita e cheirosa era boba e exigente, ingênua e orgulhosa! Acreditava que seus espinhos a protegeriam, exigiu que o príncipe a cobrisse com uma tela. Disse-lhe para colocá-la sob um globo de vidro à noite para protegê-la do frio. Embora o príncipe a amasse, estava cansado de ouvir-lhe as exigências, assim ele partiu de seu planeta com um bando de pássaros em migração.

Passou por vários outros planetas e conheceu vários adultos solitários até chegar ao planeta Terra, onde encontra um aviador (narrador) com problemas no seu equipamento no deserto do Saara, para deixar a história mais curta vou logo ao ponto, o aviador é um adulto com alma e entendimento de criança, após conseguir o desenho do carneiro com o aviador, ele precisava do carneiro para acabar com as plantas grandes que ameaçavam o seu pequeno planeta, porém se preocupava com a sua querida rosa, pois o carneiro tbm comia flores... 


Após alguns dias com o aviador o príncipe descobriu que ele precisava voltar pra casa para cuidar de sua rosa. O narrador ficou muito triste, mas o príncipe disse que eles sempre seriam amigos e que toda vez que olhasse para as estrelas, ele pensaria no príncipe.

“- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir! “


Em suas viagens, o príncipe aprende o que significa amar alguém. Ele descobre o quanto sua rosa é importante, mesmo que às vezes ela seja difícil. As pessoas que vivem sozinhas nos planetas que o príncipe visita parecem ser uma metáfora da solidão e isolamento entre os adultos. O rei, o homem presunçoso e os outros ficam presos em uma maneira de olhar para si mesmos e interagir com as poucas pessoas que eles encontram, e são incapazes de genuinamente se comunicar. Eles não guardaram nada da mente aberta que podem ter tido quando crianças. O príncipe sai de toda a experiência crendo que vale a pena amar alguém, mesmo que isto algumas vezes traga tristeza.
 
Para falar do pequeno príncipe da forma encantadora como ele foi escrito, teríamos que trazer aqui o Antoine de Saint-Exupéry com o seu jeito de falar de sentimentos humanos, qualquer outra abordagem é vã...





“- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! “







“- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.


- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.


- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa…”




1 Comentário:

Rafael Braga disse...

ahh que lindo!!!!

"“- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir! “

até hoje me pego olhando para as estrelas, esse pra mim é o trecho mais emocionante, junto com a passagem da raposa, inclusive algumas vezes cheguei a acreditar que eu era a propria raposa, fugindo dos homens e de seus rifles!!!^^

beijo!

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