Venho de um mar revolto que não me dava descanso, um gosto de sal na garganta e uma sede, em meio a tanta água. Venho cansada da luta. E a minha sede era de água e paz.
Eu não procurava um pouso porque já tinha o meu próprio – que pode não ser macio nem mágico, mas tem o meu cheiro. Eu procurava o que não sei. Procurava parar de procurar. E já vinha desacelerando a busca, numa desistência doce.
Era a paz que eu procurava. A paz que me sorri bem puro. A paz que não é tédio. Que dá colo pra descansar, mas também é capaz de surpreender e fazer o coração bater forte, a circulação aumentar, o corpo se sentir vivo. A paz que atormenta. Paz que é um ponto.
Que é chegar em casa sorrindo. Uma insônia boa. Certeza que não mata. Saudade que revela. Que é quando a imperfeição encontra lugar confortável em nós. É sentir no outro uma semelhança macia. Saber um pouco do que vai no outro, sem saber quem é o outro.
Estou apaixonada por tempestade suave em mim.
(Pequena)
Texto de Cris Guerra, autora do blog Para Francisco.
5 Comentários:
lindo texto! parabens pela sensibilidade com a escrita!
Muito sensível seu texto..
Sincero com o seu sentir!
;D
Texto sensível, calmo... Parece uma brisa suave batendo no rosto.
T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
Olá flor, grata pela visita e o coment no blog =]
Ahh adorei o seu blog vou segui-lo, me siga tmb =p
bjs
Sempre coerente com um verdadeiro sentimento...isso destaca teus textos!
beeijo
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